segunda-feira, 31 de maio de 2010

REFLEXÃO

Retomamos os ensaios no fim de semana passado, mas não conseguimos repetir a dose neste último fim de semana. Motivo: falta de tempo. Sabemos que para conseguirmos chegar ao objetivo de ser uma banda será preciso abrir mão de certos prazeres.

Talvez seja realmente complicado montar uma banda depois dos 30 já que a paciência e as possibilidades de tempo livre, não são as mesmas dos tempos de adolescência ou faculdade.

Talvez precisemos apenas nos focar um pouco mais, já que tempo = prioridade.

Nunca fui bom de cumprir compromissos muito certos no fim de semana, que sempre acho curtos demais.

E enquanto o delírio da mega sena não deixar de ser um delírio (lindo, diga-se de passagem, mas mesmo lindo, só um delírio), abrir mão do “ganha pão” que toma desde as manhãs aos inícios de noites, todos dias, fica fora de questão.

Então, começo a me questionar pra replanejar meu início de noite de cada dia, para que caiba tempo de um ensaio semanal. Mas, do que abrir mão? Pelada (baba, para nós baianos), aulas de tênis, guitarra ou canto?

Talvez um ajustezinho de horários, faça tudo caber nesse cotidiano intenso, que ainda convive com um MBA que me faz “perder” toda noite de uma semana, uma vez por mês.

Talvez não.

Acho que está na hora de utilizar todo o auto conhecimento que a maturidade dos 30 me deu (será?), reconhecer as próprias limitações de ação, de aprendizado, físicas, e apostar no que realmente importa.

E o que realmente importa?

Hora de olhar no espelho.

REFLEXÃO

Olhe no espelho e veja seu reflexo
Ao mesmo tempo por instinto há uma reflexão

É demorado e cansativo esse processo
Se arrastando lentamente como uma procissão

Pouco depois há um conflito, um protesto
Um medo e um pedido de proteção

Um desespero e a busca de um acesso
Qualquer caminho que leve à ascensão

(trecho de letra da música Reflexão, que compus há tempos e que não pretendo gravar por enquanto) 

terça-feira, 18 de maio de 2010

RÉ: 1 PASSO PRA TRÁS PARA DAR 2 PRA FRENTE

Eu e o Bassman estamos há semanas sem ensaiar. Além das obrigações de romances+trampo+estudo+prole+malhação estarem consumindo demais nosso tempo, pisamos no breque para dar uma aprimorada no negócio. Um freio de arrumação.

As aulas de canto têm revelado que geralmente componho minhas músicas em tons mais altos do que minha voz é capaz de cantar, o que acaba por potencializar a desafinação, que já é inerente.

O Sinatra aqui vem testando e experimentando transpor algumas músicas para tons mais confortáveis para sua linda voz, com algum sucesso.

O primeiro teste já está aí do lado; refiz os arranjos de !Parte! para cantá-la em RÉ, aproveitando também para aprimorar a guitarra e o baixo, que ficaram mais ricos e limpos, ao meu ver.

Quanto à voz, pode não estar um primor, mas pelo menos não se tem mais a impressão de posso ter um AVC cada vez que chega o refrão da música.

Acho que a próxima a sofrer esta transposição será UMA SÓ, que me parece também muito alta para meu timbre.

E enquanto isso, continuo na ansiedade para criar os arranjos e gravar as músicas Mundo de Covardes, If You Want To Play e Talvez que fecharão as 10 que comporão o disco, juntamente com O QUE FICOU PRA TRÁS I e II, QUALQUER DIREÇÃO, PÉ NO BREQUE, PRIMEIRO PASSO, UMA SÓ E !PARTE!.

Vamos indo devagar. O importante é que já demos o primeiro passo.

PRA QUEM ACORDA, NUNCA É TARDE!

!PARTE!


eu quero abrir os olhos
porque eu não vejo graça
em fazer vista grossa
eu quero acordar
eu não estou de acordo
quero arrebentar a corda

!parte!
!chega perto!
!arde!

Pra quem acorda nunca é tarde
!age hoje!
!ergue!
!invade!
é tempo de romper a grade

não vou lavar as mãos
porque tenho as mãos limpas
eu vou na contramão
não tenho costas largas
eu não vou dar as costas
é melhor me largar agora

!parte!
!chega perto!
!arde!
Pra quem acorda nunca é tarde
!age hoje!
!ergue!
!invade!
é tempo de romper a grade

... outra vez
sempre é tempo...
... outra vez
sempre há tempo...

!parte!
!chega perto!
!arde!
Pra quem acorda nunca é tarde
!age hoje!
!ergue!
!invade!
é tempo de romper a grade

terça-feira, 11 de maio de 2010

PRIMEIRO PASSO

Sempre gosto de pensar que quando estamos aparentemente sem opções, na verdade temos TODAS as outras opções. Uma vez ouvi ao fim de um namoro que, se por um lado, estava perdendo uma mulher, por outro, estava “ganhando” todas as outras. E pra alguém que gosta de paquerar, essa forma de enxergar o momento foi motivadora. Mas, mais do que um artifício para driblar a dor ou uma frustração, há uma verdade aí.

Certa vez ouvia um amigo desabafando sobre a perda de uma oportunidade profissional. Ao final do desabafo, ele mesmo já encarava com um ar (naquele momento, ainda forçado) otimista, de que todas as vezes em que uma coisa desse tipo havia acontecido no passado, foi para melhorar depois. E no caso dele, acabou sendo melhor, realmente.

É claro que se fala aqui de situações em que podemos, sim, dar a volta por cima. Tirando “saúde”, acho que se pode virar o jogo, recomeçar, buscar o melhor, em qualquer situação. Até com problemas de saúde vemos grandes exemplos de superação e recomeço, como vem nos provando os depoimentos reais a cada fim de capítulo da novela "Viver A Vida".

A música que estou postando agora fala de um lado disso. Ela se situa justamente no momento em que estamos parados diante do novo.

Propositalmente, ela será a segunda música do disco, logo após “O Que Ficou Pra Trás I”. Há um sentido nisso, para quem quiser enxergar. Ou são apenas duas músicas independentes também.

O fato é que volta e meia nós nos vemos novamente diante de um “primeiro passo”.

PRIMEIRO PASSO

Estou à beira de um caminho
Desconhecido pra mim
Estou à porta de entrada de uma estrada
Que não conheço o fim

Estou num labirinto
Com os olhos vendados
Não tenho o mapa da mina em plena neblina
De um campo minado

Não sei como dar o primeiro passo

Não há pegadas, pistas, placas
Apontando a direção
Auto-estima é um passo em falso e estou descalço
Sobre um alçapão

Muitas nuvens no céu
Encobrem o cruzeiro do sul
Sigo sem nenhum norte, muito menos sorte
À espera de uma luz

Não sei como dar o primeiro passo

E se ao menos eu pudesse voar
Pra do alto poder ver
Em que trilhas em posso passar
Quais atalhos devo percorrer

E se ao menos eu pudesse voar
Pelo céu, pelo espaço
Aí então poderia evitar
De dar o primeiro passo
Porque

Não sei como dar o primeiro passo

PS I: Esta também está num tom muito alto para meu timbre. Talvez fique melhor na voz do Zezé di Camargo... Quando achar o tom ideal, gravo novamente, melhorando os arranjos.

PS II: Retirei as outras músicas dos lado esquerdo, pois estavam deixando o blog muito pesado, demorando de abrir. Ficar trocando as músicas periodicamente pode ser interessante também: nunca se sabe quais músicas estarão aptas a serem ouvidas. Podemos brincar de "a música do dia também". Aos poucos, encontraremos o ponto.